segunda-feira, 22 de março de 2010

Texto: CARTA DE CALOTEIRO

 

Arrumando as minhas coisas (mudança), achei um texto que tenho há algum tempo. Resolvi publicar aqui no meu blog.

CARTA DE CALOTEIRO

Segue carta de um devedor, caloteiro e ainda muito cara de pau, mas engraçada, publicada na Folha. Esta carta é verídica e foi divulgada pelo próprio Clube de Dirigentes Lojistas. A correspondência abaixo foi enviada por um devedor a uma das várias lojas credoras, conforme ele mesmo informa na sua correspondência.

Prezados Senhores.

Esta é a oitava carta jurídica de cobrança que recebo de Vossas Senhorias... Sei que não estou em dia com os meus pagamentos.

Acontece que eu estou devendo também em outras lojas e todas esperam que eu lhes pague.

Contudo, meus rendimentos mensais só permitem que eu pague duas prestações no fim de cada mês. As outras ficam para o mês seguinte.

Estou ciente de que não sou injusto, daquele tipo que prefere pagar esta ou aquela empresa em detrimento das demais. Ocorre o seguinte... Todo mês, quando recebo meu salário, escrevo o nome dos meus credores em pequenos pedaços de papel, que enrolo e coloco dentro de uma caixinha. Depois, olhando para o outro lado, retiro dois papéis, que são os dois “sortudos” que irão receber o meu rico dinheirinho. Os outros, paciência. Ficam para o mês seguinte. Firmo aos senhores, com toda a certeza, que sua empresa vem constando todos os meses na minha caixinha. Se não os paguei ainda, é porque os senhores estão com pouca sorte. Finalmente, faço-lhes uma advertência: se os senhores continuarem com essa mania de me enviar cartas de cobrança ameaçadora e insolentes, como a última que recebi, serei obrigado a excluir o nome de Vossa Senhoria dos meus sorteios mensais.

Sem mais.

Obrigado.

quarta-feira, 17 de março de 2010

RELATÓRIO DO XI ENCONTRO – 3ª OFICINA Extra: Reflexões acerca da elaboração do projeto e atividades de leitura.






Área: Língua Portuguesa
Formadora: Prof.ª Morgana Paula Vale Rodrigues da Silva
Data: 23/02/2010
Local: Colégio Filgueiras Lima – Fortaleza – Ceará

OBJETIVO
Refletir sobre a elaboração do projeto e desenvolver atividades práticas de leitura e escrita para aplicação em sala de aula.

PROGRAMAÇÃO

18h – Acolhida: Vídeo motivacional “O Ponto”.
18h10 – Apresentação em slides: Projeto Educacional.
19h20
  1. Socialização dos projetos já elaborados.
  2. Relato dos projetos que estão sendo desenvolvidos em sala de aula.
19h50 – Desenvolvimento e apresentação de atividades de leitura e escrita para aplicação em sala de aula: AAA 5.
21h20 – Avaliação da oficina.
21h40 – Encaminhamentos para o próximo encontro:

  1. TP 6 (Unidades 21 e 22).
  2. Lição de Casa 1 (TP 6, p.213).
22h – Encerramento.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DO EVENTO

A presente oficina foi muito importante, pois complementou as informações dadas no IV Encontro. Ela reforçou a necessidade da realização do Projeto até o término do Gestar. Os cursistas foram alertados de que cada um deles deverá desenvolver um projeto para a finalização do programa, a ser implementado em sala de aula. Foi destacado ainda que o projeto é um dos pilares do Programa Gestar II, sendo um dos pré-requisitos para a certificação do cursista.

Essa oficina extra foi pensada para atender às solicitações dos cursistas, que ainda tinham dúvidas e estavam receosos quanto à elaboração do projeto.

Gestar II Seminário Final - Apresentação da Profª Morgana


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Eis a minha apresentação no Seminário Final de Acompanhamento do GESTAR II em Fortaleza. Agradecimento especial a Deus por mais uma etapa vencida. Um abraço especial em minha formadora, Prof.ª Erla Delane.

terça-feira, 16 de março de 2010

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO: Relato dos Momentos de Estudo da TP 1

Os estudos do GESTAR II estavam acontecendo inicialmente no Conselho Municipal de Educação, sempre às terças e quintas no horário da tarde, com todo o grupo de formadores. Porém, devido a alguns problemas relacionados à locomoção e ao tempo, esses estudos passaram a ser realizados em grupos menores. Então foram formados 3 grupos: Luiziana, Morgana e Rosalina; Josaína, Micheline e Vanda; Ana Leonília e Marcilene.
Diante desses fatos, o estudo da TP 1 aconteceu na casa da formadora Rosalina, nos dias 11 e 12 de março de 2010 com a presença da formadoras Luiziana, Morgana e Rosalina. O primeiro encontro para os referidos estudos inciou-se com a leitura compartilhada das Unidades 1 e 2 desta TP intercalada com momentos de discussão e reflexão sobre o conteúdo estudo a fim de esclarecer os pontos que geraram dúvidas. Nesse mesmo dia também foram resolvidas todas as atividades destas Unidades para melhor fixação dos connteúdos.
Já no segundo encontro foram estuddadas as Unidades 3 e 4, também coom a resolução de todas as atividades propostas.
Quero deixar registrado que Variação Linguística sempre foi meu tema preferido e que é a primeira Unidade trabalhada por mim nas minhas turmas do 8º ano fundamental II e 1º ano médio. Considero o estudo desta TP de extrema importância não só como formadora, mas como professora pois os conteúdos levam a refletir sobre a atuação como professor de Língua Portuguesa. Trabalhar respeitando as variantes linguísticas aumenta substancialmente a competência dos nossos alunos no uso da linguagem, o que afinal é o grande objetivo do ensino da língua.
Após os estudos foi feito o planejamento das 2 oficinas propostas na TP, que acontecerão nos dias 6 e 20 de abril de 2010.

sábado, 13 de março de 2010

Minha homeneagem aos gatos "feios"!

Aqui vai minha homenagem aos gatos "feios", que morreram envenenados, com exceção da Mimi filha e do Sirius Black. O Sirius Black escapou por que eu o dei a uma amiga e a Mimi filha foi levada por minha irmã. O gato Bolinha não o vi mais desde que me mudei.





Mimi mãe e filha.






O gato Nino


A gata Magrelinha


A gata Preta


O gato Sirius Black













Gato Bolotinha

O Gato Feio

Minha cadela "Faísca" e o gato "Bolinha".
     Como afirmei no post com a análise do "Gato Feio", trago agora o texto em si. É um texto comovente e que nos leva a refletir sobre nossas posturas de vida. Meu marido costuma dizer que, além do dom de lecionar, eu tenho um dom especial para lidar com os animais, tendo uma paixão especial por gatos e cães. Tenho mesmo a impressão de que eles falam comigo e eles entendem o que digo. Hoje moro em apartamento, mas antes, sempre morei em casa. Por morar em apartamento, conservei apenas minha cadela, que é um doce de animal. Mas antes de morar onde moro atualmente, acontecia um fato curioso na minha casa antiga: a minha rua era cheia de gatos, diversas raças, diversas origens. Toda vez que eu apontava na rua, ao dirigir-me para a minha residência, todos os gatos corriam para me receber, enroscavam-se em minhas pernas. Mas ele foram morrendo, envenenados por um vizinho, até que restou apenas um, ao qual dei o nome de Bolinha. Costumo dizer que ele não foi convidado para a minha casa, ele "disse" que aquela casa era dele também e se "convidou" e foi ficando.

Vamos ao texto do "Gato Feio".

Todos no prédio de apartamentos onde eu morava sabiam quem era o Feio. Feio era o gato vira-lata do bairro. Feio adorava três coisas neste mundo:  brigas, comer lixo e, digamos, amor. A combinação destas três coisas adicionada a uma vida nas ruas tinham causado danos em Feio.
Para começar, ele só tinha um olho, e no lugar onde deveria estar o outro olho, havia um buraco fundo. Ele também havia perdido a orelha do mesmo lado, e seu pé esquerdo parecia ter sido quebrado gravemente no passado. O osso curara num ângulo estranho, fazendo com que ele sempre parecesse estar virando a esquina ... Feio havia perdido a cauda há muito tempo, e restava apenas um toco de cauda grosso, que ele sempre girava e torcia. Todos que viam Feio tinham a mesma reação: - “Mas que gato feio !”

As crianças eram alertadas para não tocarem nele. Os adultos atiravam pedras nele, jogavam-lhe água com a mangueira para espantá-lo, o enxotavam quando ele tentava entrar em suas casas, ou imprensavam suas patas na porta quando ele insistia em entrar. Feio sempre tinha a mesma reação.
Se você jogasse água nele com a mangueira, ele não saía do lugar! Ficava ali sendo ensopado até que você desistisse. Se você atirasse coisas nele, ele enroscava seu corpinho magricela aos seus pés, pedindo perdão. Sempre que via crianças, ele surgia correndo, miando desesperadamente e esfregando a cabeça em todas as mãos, implorando por amor. Quando eu o apanhava no colo, ele imediatamente começava a sugar minha blusa, orelhas, ou o que encontrasse pela frente... Um dia, Feio quis dividir seu amor com os Huskies do vizinho. Eles não eram amistosos e Feio foi ferido gravemente. Do meu apartamento, ouvi seus gritos e corri para tentar ajudá-lo. Na hora em que cheguei onde ele estava caído, parecia que a triste vida de Feio estava se esvaindo ... Feio estava caído em uma poça, suas pernas traseiras e suas costas estavam totalmente disformes, um corte fundo na listra branca de pêlo atravessava seu peito. Quando o apanhei e tentei levá-lo para casa, ele fungava e engasgava, podia senti-lo lutando para respirar. "Acho que o estou machucando muito” - pensei. Então, senti a sensação familiar de Feio chupando minha orelha. Em meio a tamanha dor, sofrendo e obviamente morrendo, Feio estava tentando sugar minha orelha. Eu o puxei para perto de mim e ele esfregou a cabeça na palma da minha mão, olhou-me com seu único olho dourado e começou a ronronar.Mesmo sentindo tanta dor, aquele gatinho feio, cheio de cicatrizes de suas batalhas, estava pedindo um pouco de carinho, talvez alguma consideração. Naquele instante, achava Feio o gato mais lindo e adorável que eu já tinha visto. Em nenhum momento ele tentou e arranhar ou morder, nem mesmo tentou fugir de mim ou rebelou-se de alguma maneira.

Feio apenas olhava para mim, confiando completamente que eu aliviaria sua dor. Feio morreu em meus braços antes que eu entrasse em meu apartamento. Sentei e fiquei abraçada com ele por muito tempo, pensando sobre como este gato vira-lata, deformado e coberto de cicatrizes
havia mudado minha opinião sobre o que significava a genuína pureza de espírito e sobre como amar incondicionalmente. Feio me ensinara mais sobre doação e compaixão do que qualquer ser humano. E eu sempre lhe serei grata por isto. Chegara a hora de eu seguir em frente e aprender a amar verdadeira e incondicionalmente. Chegara a hora de dar meu amor para aqueles que me eram caros, mesmo que meus olhos nunca tivessem visto nenhum deles...
As pessoas acham mais fácil e mais prazeroso amar o belo, o perfeito, sem notarem que os feios, os tortos, os mancos, enfim os deformados, sejam de corpos, mentes ou almas, também podem e merecem ser amados... Se vocês se permitissem essa sensação, talvez entenderiam e veriam os tantos "gatos feios" que a vida lhes coloca diante dos seus olhos todos os dias e vocês se negam a enxergá-los... Neste mundo cheio de intolerâncias devemos espalhar mais respeito aos demais seres viventes, sejam eles da mesma raça, mesma religião, mesma etnia que nós, ou não, sejam feios ou bonitos aos nossos olhos tão desacostumados a ver, ou nossos ouvidos, que ainda não aprenderam a ouvir a real mensagem de Deus.
Glauce Paraguassu


ATIVIDADE DE PORTFÓLIO: Análise do texto "O Gato feio".

     Antes de iniciarmos a leitura da análise propriamente dita, sugiro que o texto em questão seja lido. Muitos outros blogs já publicaram "O gato feio", mas por uma questão de comodidade do leitor, passo a reproduzi-lo também no meu blog, só que em outro post. O post atual tem por objetivo fazer uma análise do texto.
     Inicialmente, é necessário que façamos algumas observações acerca do texto. O texto, de autoria de Glauce Paraguassu, apresenta dois momentos: o da narração e a argumentação que objetiva nos convencer acerca das idéias ali apresentadas. Outra característica importante é que ele apresenta uma intertextualidade com a história do "Patinho Feio" e intergenericidade com os gêneros artigo de opinião, memória, relato pessoal. É importante observar que mesmo tendo dois grandes momentos (narração e argumentação) o texto apresenta também mais um tipo textual: a descrição.
     Como em outros textos (o "Patinho Feio", por exemplo), temos mais uma vez o conflito aparência X essência (personalidade, caráter) como tema central do "O gato feio". Como muito bem diz José Claúdio, em http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1434853, o ser humano visa essencialmente a aparência. em "parecer ser". Ele alerta para o fato de que "o que se é de verdade, não conseguimos ver". Como consequência dessa inversão de valores na sociedade temos consequências diversas, como a futilidade, o egoísmo, o preconceito (as vezes explícito, muitas vezes mascarado sob diversas matizes), a intolerância com o diferente. O perdão, o amor, o respeito ao próximo foi esquecido. A banalização do ato de tirar a vida  é cada vez maior. O ser humano deixou de respeitar, de amar a si próprio.
     Apesar disso, não devemos perder a esperança e nem devemos nos render ante a amargura. É nosso dever não esquecer (e praticar sempre) a lição que Feio nos ensinou: "(...) a genuína pureza de espírito e sobre como amar incondicionalmente", seguindo em frente e enfrentar com coragem as adversidades, buscando "(...) ouvir a real mensagem de Deus".

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